Velas na Umbanda: você sabe quando e como acender?

Velas na Umbanda é um tema aparentemente simples e até esgotado no universo umbandista. Será mesmo?

O uso das velas na Umbanda é um dos temas que apresentam a maior incidência de dúvidas nos canais Umbanda Eu Curto, seja durante os cursos, seja em vídeos ou até mesmo na busca por e-books e livros sobre o assunto.

Embora algumas religiões abominem o uso de velas, sua presença é constante na imensa maioria das religiões pelo mundo, embora seu uso e fundamentação sejam diferentes em cada uma delas. Talvez o único aspecto em comum a todas seja dizer que vela é luz, ou seja, um instrumento para pôr foco na fé, nem que seja apenas naquele exato momento em que o pavio é aceso.

O uso de velas na Umbanda também segue esse aspecto universal, porém varia de terreiro para terreiro, tanto em ritualística quanto em cores, tamanhos e outros aspectos. Assim, as dicas abaixo atribuídas a Rebeca Mota (embora haja outras fontes) podem ou não fazer sentido para todos, mas julgamos que possam ser extremamente úteis para todos os momentos.

1 – Sempre ofereça a vela que você acende, pois quando acendemos uma vela criamos um ponto de luz e vibração e se esse ponto não tem, inicialmente um “dono”. Alguns obsessores e seres de baixa vibração poderiam, em tese, se apossar da vela e do ambiente em que ela está queimando.

2 – Já observou-se, em muitas situações, que quando não oferecemos a vela para alguma divindidade pode acontecer:

  • A vela apagar e não querer acender mais
  • Cair, mesmo sem vento no local
  • O prato que serve de suporte estourar sem motivos
  • A pessoa sentir “presenças” no ambiente em que a vela está queimando.

Na dúvida, que tal adotar alguns cuidados antes de acender velas na Umbanda, seja em casa ou no terreiro?

  • Primeiro cuidado: sempre ofereça a vela antes de acendê-la. Veja o exemplo abaixo:

“Acendo e ofereço essa vela para meu anjo da guarda.”

Você pode oferecer sua vela para qualquer outra divindade, Orixá, Guia, entidade ou anjo guardião que estiver trabalhando, desde que nomeie (em voz alta ou mentalmente) para quem irá oferecer.

  • Segundo cuidado: é muito importante ter uma intenção clara sobre o porquê de você estar acendendo essa vela. É para pedir proteção? É para fazer um pedido? É para fazer uma firmeza? Noutras palavras, sempre dê uma intenção na hora de acender velas na Umbanda.
  • Terceiro cuidado: quando acender uma vela for apenas isso, ainda assim há uma intenção.

Quando acabar a luz em sua casa ou se você tem o hábito de acender velas aromatizadas em diferentes ambientes, também deixe muito clara a sua intenção.

“Acendo essa vela apenas para iluminar/decorar/perfumar o ambiente. Não permito que nenhum ser se aposse da luz dessa vela.”

Com essas dicas simples você potencializa seus pedidos e suas magias e ainda se protege de energias indesejáveis.

Velas na Umbanda: outras dicas

  • Se você já acendeu sua vela, intencionou, tudo certinho, e precisar sair de casa e quiser apagá-la, peça licença para a divindade/Guia/Orixá/anjo a quem você ofereceu e, com as costas de uma colher, apague a chama da vela. Depois, ao voltar para casa, você pode acendê-la novamente, tomando o cuidado de intencionar para a mesma divindade/Guia/Orixá/anjo novamente.
  • Evite assoprar a chama da vela para apagá-la. Em muitas tradições isso é uma “ofensa” ao elemento fogo e cortará a energia do pedido que foi feito. Sempre apague a chama com um abafador ou com as costas de uma colher.

Mas e as velas de aniversário? Pode assoprar? Neste caso, na nossa visão há um choque de tradições, pois ao assoprar uma vela de aniversário, posta sobre um bolo, a ideia é que seu pedido seja espalhado para o universo para quem um dia chegue até você.

Como aqui tratamos principalmente sobre o tema velas na Umbanda, prefira apagar com o abafador ou com uma colher. Para velas utilizadas em outros tipos de rituais (como em aniversários, por exemplo) é facultado a cada pessoa seguir ou não a tradição vigente. Uma ação não desqualifica a outra!

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