Vertentes de Umbanda I: Umbanda Branca e Demanda

Vertentes de Umbanda existem em grande número.

Após pouco mais de 100 anos de fundação da Umbanda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, a religião cresceu e se diversificou.

Hoje, dá origem a diferentes vertentes que têm a mesma essência por base: a manifestação dos espíritos para a caridade.

O surgimento dessas diferentes vertentes é conseqüência do grau com que as características de outras práticas religiosas e/ou místicas foram absorvidas pela Umbanda em sua expansão pelo Brasil.

E isso reforça o sincretismo que a originou e que ainda hoje é sua principal marca.

Esta classificação não é consenso entre os umbandistas, mas é uma forma útil de condensar as diferentes práticas existentes.

 

UMBANDA BRANCA E DEMANDA

Outros nomes:
É também conhecida como: Alabanda; Linha Branca de Umbanda e Demanda; Umbanda Tradicional; Umbanda de Mesa Branca; Umbanda de Cáritas ou Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Origem:
É fundamentada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por Pai Antônio e Orixá Malê, através do seu médium, Zélio Fernandino de Morais (10/04/1891 – 03/10/1975), surgida em São Gonçalo, RJ, em 16/11/1908, com a fundação da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.

Foco de divulgação:
A partir da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.

Orixás:
Considera que Orixá é um título aplicado a espíritos que alcançaram um elevado patamar na hierarquia espiritual.
Eles representam, em missões especiais, de prazo variável, o alto chefe de sua Linha.
É pelos seus encargos comparável a um general: ora incumbido da inspeção das falanges, ora encarregado de auxiliar a atividade de centros necessitados de amparo.
Nesta segunda hipótese, fica subordinado ao Guia geral do agrupamento a que pertencem tais Centros.
Acredita que existam 126 orixás, distribuídos em 6 linhas espirituais de trabalho.
Os altos chefes de cada uma dessas 6 linhas recebem o nome de um Orixá Nagô, embora não sejam entendidos como nas tradições africanas, existindo uma forte vinculação deles aos santos católicos.

Linhas de trabalho:
Considera a existência de 7 linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui os espíritos que se apresentam como Crianças), de Iemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Iansã e de Santo ou das Almas (onde inclui as almas recém-desencarnadas, os exus coroados, os Exus batizados e as entidades auxiliares).

Entidades:
Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as) Velhos(as) e Crianças e não há Giras para Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Malandros, Exus e Pombagiras.

Ritualística:
A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as Giras e encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e pontos riscados nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.

Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; e “O Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda”.

O texto acima é a primeira parte de um série que pretende mostrar as diversas vertentes de Umbanda.

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Foto: Zélio de Moraes e sua esposa Maria Izabel

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