Umbandista, consulente ou assistência: diferenças
Umbandista, consulente ou assistência são termos diferentes para papéis distintos que assumimos na Umbanda? Ou é tudo a mesma coisa?
De fato, o grande desafio dos nossos tempos é o senso de urgência. Tudo parece ser para ontem.
Assim, ir na Umbanda, ou melhor, ir nas Giras nos Terreiros surge como algo acolhedor, um alívio. É até divertido!
Mas o que isso tem a ver com a questão principal aqui proposta, você deve estar se perguntando. Então, vamos lá!
A princípio, costuma-se chamar de assistência o conjunto de pessoas que vão até os Terreiros de Umbanda em dias de Giras para conversarem com os médiuns incorporados em Caboclos, Pretos Velhos, etc. Cada uma destas pessoas pode ser chamada de consulente.
Chegam, participam dos rituais das Giras com palmas e cantos e aguardam para se consultarem com os Guias. Então, quem seriam então os umbandistas?
Parece que é tudo a mesma coisa, não?
Acima de tudo, o umbandista é aquele que frequenta as Giras, participa dos rituais e crê na força e poder dos Guias e Orixás. Mas, para além disso, entende que a Umbanda é maior do que isso.
A Umbanda não existe apenas para nos beneficiar, propiciando a satisfação de nossas vontades individuais e familiares. Devemos ter uma relação com a religião que vai além de buscar apenas desejos específicos, sem pensar na coletividade.
A religião é a criação do homem para se conectar mais facilmente ao Criador, gerando um ambiente que possa trazer mais afinidade entre seus praticantes, ampliando sua consciência sobre seus corpos físicos, emocionais e espirituais.
É fato que há problemas pontuais que necessitam de atendimento espiritual individualizado, mas no longo prazo a Umbanda deve ser capaz de renovar e transformar seus praticantes para que tenham responsabilidade social, moral e espiritual.
Assim, é desejável que cada praticante se torne um porta voz melhor da Umbanda, deixando de ser consulentes para se tornarem umbandistas!
Para que isso ocorra, a Umbanda, representada nesta dimensão pelos Terreiros e seus respectivos dirigentes, devem sim continuar os trabalhos habituais.
Mas, acima de tudo, devem investir no esclarecimento espiritual através de cursos, palestras, engajamento social e encontros de integração ou qualquer outra atividade que possam complementar a vida litúrgica dos praticantes.
É importante que o atendimento momentâneo nas Giras não seja a única finalidade de se manter um Terreiro, pois o ser humano necessita orientação contínua para buscar a paz interior que só existe naqueles que buscam comunhão com o Bem.
Busque sempre mais conhecimentos sobre os Guias e Orixás.
Leia, discuta, pergunte, assista vídeos, se programe para . A espiritualidade e a Umbanda crescerão junto com você!
Mas a questão persiste:
Afinal, há diferença entre umbandista, consulente ou assistência?
Seja todos, mas, principalmente, seja umbandista (e cada dia melhor!)