Tatuagens na Umbanda: como a religião trata esta questão?
Tatuagens na Umbanda pode, não pode ou tanto faz?
Antes de adentrar o assunto das tatuagens na Umbanda, vamos saber um pouco da sua história?
A prova mais antiga que se pôde encontrar foi descoberta em múmias egípcias, como a Amunet.
Acredita-se que viveu entre 2160 e 1994 a.C.
No corpo de Amunet foram encontrados traços e inscrições perto do abdome, que os pesquisadores associaram aos cultos para fertilidade.
Através dos tempos a tatuagem já foi condenada.
Está na Bíblia: “Não façais incisões no corpo por causa de um defunto e não façais tatuagem.” (Levítico, 19-28).
Por outro lado, elas já foram consideradas símbolo de ensinamento divino, como o caso dos povos Maori, da Nova Zelândia.
E também já foram desenhadas sem o uso de tinta: é a “escarificação”, uma técnica comum das tribos africanas.
E na Umbanda, como essa questão é posta?
Já ouviu falar sobre o “Vale dos Tatuados”? Isso é uma verdade para a Umbanda?
No capítulo “Vale dos Tatuados”, do livro Mais Além do Meu Olhar, Editora Recanto, o espírito Luiz Sérgio, psicografado por Irene Pacheco, diz:
“Eles se agrupam, fugindo das criaturas normais.
Querem chocar a sociedade.
Das tatuagens daquelas estranhas figuras saía uma fumaça escura, que muito incomodava”.
Tatuagens na Umbanda ainda é um assunto sem consenso na religião
Queremos destacar que o que divulgamos aqui é um ponto de vista – dentre todos os outros que existem – no qual acreditamos.
Não é nossa intenção influenciar ninguém a fazer tatuagem ou a “descrer” no que já acredita, mas sim trazer luz pra quem ainda não tem algo concreto sobre o assunto ou não se contentou com tudo que já viu e ouviu.
Vamos inserir o assunto lembrando o que Pai Rubens Saraceni tratou sobre as “formas plasmadas” no livro Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada.
Na obra, o sacerdote diz que o nosso corpo espiritual é um plasma e como tal pode assumir várias aparências.
Ele se aprofunda no assunto (indicamos a leitura!) e, em linhas gerais, o que podemos entender é:
– Nosso espírito, quando recém chegado ao Astral, veste a sua última aparência;
– Sendo assim, você vai trajar tudo aquilo que te acompanhava no momento do desencarne.
Isso representa algo ruim?
Tatuados, respirem aliviados: ninguém vai para um lugar melhor ou pior em decorrência das tatuagens feitas aqui.
E melhor: quando o espírito já se conscientizou de quem ele é e sendo assim adquiriu outras habilidades, consegue usar vestimentas energéticas diversas e com isso escolher entre manter as tatuagens ou não.
Porém, como já dito, a primeira forma como aparece no Astral é idêntica a de quando desencarnou.
Com isso, o Vale dos Tatuados, presente no livro supracitado, para nós não existe.
Pai Rodrigo Queiroz lança seu comentário sobre isso:
“Nunca a tatuagem vai fazer mal, mas ela pode revelar o indivíduo.”
E o que isso quer dizer?
O sacerdote explica que o que dá direção para as nossas vibrações, para o nosso destino espiritual ou qualquer que seja, é sempre o que trazemos dentro de nós, “nossa verdade mais íntima define o que somos”, conclui.
Então, quando ele diz que a tatuagem revela o indivíduo, isso ocorre no sentido de que a pessoa vai reproduzir no seu corpo os sinais, imagens, frases e todo um contexto que faz parte da sua vida, do seu cotidiano, no que acredita ou admira.
E nessa interpretação podemos já sentir o que aquela pessoa traz consigo.
Ninguém vai sofrer as consequências, quaisquer que sejam elas, em decorrência das tatuagens na Umbanda (ou as demais) que fez aqui.
Tampouco irão abrir portais por meio das tatuagens de Pontos Riscados e, nesse caso, Rodrigo Queiroz explica que o que define sua ativação é a mão que risca;
é a reza que se faz e por isso as tatuagens desses símbolos vão tomar apenas o padrão energético da intenção à qual foi feita, e não ativá-los de fato.
Minha gente, terminamos o texto em paz.
Dica: toda vez que for tatuar consulte a espiritualidade e, principalmente, consulte seu coração e aja sempre com bom senso.