Quando estiver fraco, se sentindo sem energia para seguir em frente; quando estiver triste e desanimado; quando estiver aparentemente sem saídas e com a cabeça agitada, vá em uma mata ou em um jardim.

Chegando lá, sente-se próximo a uma árvore e respire fundo. Feche os olhos e, se puder, tire os sapatos. Quando estiver fraco, entre em sintonia com aqueles que chamamos de Povo da Mata.

quando estiver fraco

As falanges dos Caboclos, o povo de cura vai lhe energizar, pois as forças da natureza podem até parecer infinitas para quem busca uma melhora ao tomar contato com elas.

E saibam: existe uma magia muito grande dentro das matas que poucos conhecem, ou insistem em não valorizar.

Os cheiros, aromas, as cores, o próprio verde predominante da vegetação promovem calma, tranquilidade e equilíbrio. Há milhares de anos os homens interferem na natureza para construir suas instalações artificiais, sendo que os últimos 200 anos, desde a revolução industrial, a humanidade promoveu uma destruição ambiental sem precedentes no planeta.

Ainda assim, a Mãe Terra não nos julga, pelo contrário: quando estiver fraco, experimente se conectar com os ambientes naturais e verá uma melhora imediata em seu corpo e em sua mente.

O que fazer quando estiver fraco?

Este mesmo mundo “civilizado” que criamos através dos séculos é, em si, um dos grandes causadores da nossa desconexão com a vida natural. Assim, quando estiver fraco ou desanimado, além de buscar uma mata ou jardim, como dissemos acima, conecte-se também com as forças naturais da Umbanda.

Clame pela ação espiritual de Oxóssi e também pelas força dos Caboclos e Caboclas. Eles vão nos ajudar! Veja:

“Oxossi quem me disse, Oxossi quem me falou
Que na mata é aonde mora todo povo curador.
Abençoado seja meu Caboclo de Aruanda.
Faz de mim um instrumento de vosso trabalho, que eu seja vosso arco e vossa flecha.
Em momentos de tensão, a corda se esticará e o arco irá se dobrar, mas jamais irá se romper.

Ensina-me a não sucumbir diante das adversidades da vida.
Hoje o céu está tempestuoso e o ar congelante, mas o amanhã virá e com ele dias de sol e calor.

Afaste-me do confronto com meus inimigos, mas se o choque for inevitável, que eu tenha a força e a coragem de lutar.
Afaste o medo da derrota, já que sempre há a possibilidade de um novo recomeço.

Ensina-me a arte da paciência, pois às vezes é necessário esperar um dia inteiro, até que a caça caia na armadilha.
Ensina-me a linguagem mágica das plantas, para que eu possa conhecer os mistérios da vida.

Vossa nudez é libertadora, ensina-me a andar nu, pois tenho que vestir-me todos os dias para ser uma pessoa que não reflete minha verdadeira natureza.
Meus pés descalços irão penetrar a terra, ligando-me ao grande Deus Tupã.

Faça de mim uma flecha de luz, atirando-me aonde a escuridão imperar.
Se eu ficar cansado, irei recostar-me no tronco da Jurema e adormecer coberto pelas suas folhas, ouvindo o canto dos pássaros anunciando o fim do dia.
O som da cachoeira irá embalar meus sonhos.

Quando chegar a hora da passagem, amarre minha alma na ponta da flecha, suba na mais alta montanha, estique a corda ao máximo e lance-me rumo ao infinito.
Assim Seja!”