Origem da Umbanda
Origem da Umbanda vem do início do século XX.
Fundada em 15 de novembro de 1908 pelo médium Zélio Fernandino de Moraes, em Niterói (RJ), a Umbanda é uma religião genuinamente brasileira.
Na ocasião, o jovem médium incorporou a entidade Caboclo das Sete Encruzilhadas, o que já deixava evidente a presença do elemento brasileiro em toda a ritualística, magia e ensinamentos que viriam a seguir.
No início houve resistência por parte de alguns, mas também houve admiração e devoção.
Caracterizada pela incorporação de Guias Espirituais com raízes brasileiras (o que já ocorria também em outras religiões como no Candomblé dos Caboclos, desde de 1865, com manifestações de Caboclos, Boiadeiros, Marinheiros, Crianças e Pretos Velhos) e em Centros Espíritas (onde não eram aceitos e, muitas vezes, expulsos ou pedidos a se retirar, por serem vistos como espíritos não evoluídos, ou mesmo, como obsessores), a Umbanda se desenvolveu a partir de seguidores que identificaram na religião valores como Caridade e Amor, sobretudo no atendimento aos consulentes, pessoas comuns que buscavam aconselhamento espiritual e, em contrapartida, encontravam ensinamentos valiosos para a sua vida.
Zélio foi o precursor das origens de uma religião voltada para a caridade assistencial, sem cobrança e sem “trabalhos para o Mal”.
Com um culto simples e aberto a todos, caracterizou-se desde o início por um sincretismo com outras religiões que está presente desde a origem da Umbanda e pode ser facilmente percebido.
Um exemplo disso está na equivalência de santos católicos com os Orixás como: Ogum e São Jorge; Iansã e Santa Bárbara; Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes e assim por diante.
Há hoje muitas correntes e ramificações no Brasil e em muitos outros países, originando assim suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e características próprias, mas sempre fundamentadas no Amor, na Caridade e no atendimento irrestrito a todos, sem distinção.