Médium no hospital: uma experiência difícil de esquecer
Médium no hospital e sua experiência é um relato cujo título foi criado por nós a partir de um texto publicado pela página Psicologia Positiva e Espiritismo e republicada pelo grupo Unidos Pela Fé na Umbanda.
Alertamos que este tipo de experiência não é comum, não é praxe. Mas há sim muitos relatos similares a este. Nosso intuito aqui não é assustar ninguém e sim demonstrar que a espiritualidade está sempre ao nosso lado, sendo que a imensa maioria para nos ajudar.
Não sabemos se esta médium no hospital teve esta experiência há muito tempo ou se é um relato mais recente, dada a descrição de detalhes que podem já ter sido alterados ou melhorados, tornando o local menos assustador. Também não sabemos identificar a localização deste Hospital das Clínicas, embora o de São Paulo seja o mais conhecido do País.
Acompanhe a história!
Eu sempre evitei passar por aquele lugar, mas hoje não tinha como fugir. Que lugar? O túnel que liga o Hospital das Clínicas com o necrotério do outro lado do hospital. Mas há muito tempo que ele foi desativado por culpa de alguns acontecimentos que ocorreu lá.
E aqui estou eu, às 3 horas da madrugada com esse cadáver e sem nenhuma equipe de apoio. Ou seja: o único jeito é ter que usar o túnel.
Empurrando a maca pelo corredor deserto vou em direção ao único elevador que dá acesso ao túnel. Depois de ajeitar a maca dentro do elevador, a porta fecha e o arrepio toma conta do meu corpo. É um equipamento velho, a ferrugem já toma conta de toda a extensão do metal. O cheiro de coisa podre é evidente e há resquícios de sangue seco por toda parte mostra que o elevador já fora bastante usado.
Diante dos 103 metros que vou ter que enfrentar, minhas pernas tremem e todos os meus pêlos se eriçam, enquanto os barulhos infernais das correntes velhas do elevador se movimentam. Depois de uma demorada descida, as portas do elevador se abrem fazendo eco pelo corredor escuro. Naquele exato momento eu penso em voltar para o hospital e esperar por alguém, porém meu profissionalismo sempre fala mais alto e eu retomo o pouco de coragem que me restou e sigo em frente.
A cada passo que eu dou, pelo barulho que faz, é como se estivesse andando de salto em um piso de mármore. Vou empurrando a maca devagar quando ouço um som estridente que quase me faz perder o controle das perna (mas é somente o elevador fechando as portas).
Com as pernas ainda tremendo continuo empurrando a maca o mais rápido possível, sempre observando o túnel escuro e sujo, a tinta já descascada, buracos e manchas nas paredes, mas o que mais me incomodava era um som crescente de alguém respirando como se estivesse cansado. A cada passo que eu dava meu coração batia mais alto e o som da respiração ficava mais alto.
Eu já não conseguia me mexer quando uma enfermeira entrou no meu campo de visão. O alívio que eu senti foi tão grande que eu quase gritei de alegria. Pensei: “Pelo menos tenho companhia nesse lugar, bom, pelo menos uma companhia viva!”
Então fui de encontro com a enfermeira e perguntei:
– Você quer me matar de susto é?
Ela me olhou assustada e exclamou:
– Não, jamais faria isso! Só achei que iria querer uma companhia até o necrotério.
Assim, um pouco mais tranquila, puxei assunto com ela e fomos andando. Esqueci até que estava nesse lugar horrendo. Logo chegamos no portão do necrotério e eu disse à Luísa, a enfermeira abençoada que me acompanhava, que iria voltar de ambulância para o hospital. Luísa então me respondeu que voltaria pelo túnel mesmo, se despediu rapidamente e já virou e foi indo. Ainda fiquei um tempo lá parada pensando na coragem dela, mas logo segui para o necrotério.
Entreguei o corpo, assinei os papéis e falei para o legista de plantão, um médico já bem velhinho:
– O senhor sabe, eu estava vindo para cá sozinha pelo túnel, com medo, quase desisti. Se não fosse a enfermeira Luísa eu teria voltado para o hospital e desistido de trazer o corpo hoje…
O velho legista com um olhar confuso e amedrontado me perguntou:
– Quem é a Luísa?
– Uma enfermeira que eu encontrei no começo do túnel e me acompanhou até aqui. Ela só não entrou porque disse que iria voltar pelo túnel mesmo.
O legista ficou me olhando com cara de espanto e depois disse:
– Ela não entrou porque ela está morta. Existiu realmente uma enfermeira chamada Luísa há muitos anos, mas ela foi assassinada pelo chefe dela, que abandonou o corpo no túnel.