Jovens e Umbanda: religião atrai por sua universalidade
Jovens e Umbanda é uma combinação que cresce a cada dia.
Cada vez mais podemos ver que o número de jovens que procuram a religião de Umbanda tem crescido muito e isso tem acontecido de forma natural.
São milhares de adolescentes e jovens adultos que adentram os Terreiros de umbanda à procura do crescimento espiritual, do conselho dos Guias, da comunhão com a espiritualidade superior, da vivência de uma religiosidade saudável, do desenvolvimento de suas faculdades mediúnicas, etc.
Isso tem sido muito positivo e reflete bem o “espírito da Umbanda”. Mas o que faz ela ser tão atraente aos jovens?
Os Guias, os rituais, a música, o amor aos Orixás? Sim, tudo isso com certeza, mas principalmente, a falta de dogmas e a própria filosofia da religião.
A Umbanda é jovem e assim também são seus praticantes. Nela não existe preconceito, seja em relação à cor, classe social ou orientação sexual, e assim também é o umbandista.
Universalista por natureza, traz Guias espirituais ligados a todos os movimentos espiritualistas e religiosos que já existiram no planeta. Prega as verdades espirituais que todas as religiões pregam, busca a serenidade e o desenvolvimento da consciência, utiliza-se de rituais milenares usados desde os primórdios dos tempos. Traz em si, um conjunto de mitos e arquétipos que vibram no inconsciente da humanidade.
Não temos apenas “um” livro sagrado. Todos os livros sagrados da humanidade fazem parte da Umbanda, assim como todos os grandes mestres e avatares (encarnações divinas), seja Francisco de Assis ou Ramakrishna, Madre Tereza ou Gandhi, todos estão presentes através de seus ideais e palavras de amor.
Jesus, Buda ou Krishna, pouco importa: seus ensinamentos estão tanto no coração dos umbandistas como nas palavras dos Caboclos e Pretos Velhos.
Jovens e Umbanda: sem falso moralismo
Outro aspecto que muito chama atenção dos jovens é a falta do “conceito” de pecado, dos dogmas e do discurso ideológico moralista e antiquado que muitas religiões trazem até hoje.
A vida na Umbanda é retratada de forma simples e natural. Todos têm liberdade de ação e pensamento, acreditando e buscando as virtudes e a evolução da consciência. A Umbanda liberta, não escraviza ninguém.
O desenvolvimento mediúnico também merece um destaque especial. Muitos jovens têm os seus dons mediúnicos aflorados e acabam por encontrar dentro da Umbanda uma forma de desenvolve–los de forma ordenada, equilibrada e extremamente prática.
Nossa “missa” chama-se “trabalho” e um trabalhador é o umbandista. Além disso, a pessoa vai se autoconhecendo, entrando em contato com a egrégora da religião e com as forças e virtudes dos amados Pais e Mães Orixás, lapidando naturalmente sua consciência e equilibrando suas emoções, sem a necessidade de “uma pregação – evangelização moralista” ou o uso de um “cabresto doutrinário” para a prática da mediunidade – caridade.
E sempre respeitando o “tempo” de cada um, e acreditando no crescimento espiritual como um processo natural.
Dentro da religião o umbandista religa-se diretamente ao sagrado. É apresentado aos Pais e Mães Orixás e aos seres encantados e naturais, representantes diretos Deles na Criação, gerando assim uma consciência de preservação e culto a natureza.
Importante também é a conscientização do templo vivo que cada um de nós somos, de que nós somos responsáveis pela religião e pela nossa própria espiritualidade.
Dizemos que Deus está em tudo e Tudo É, e o umbandista procura Deus dentro do próprio coração. É lá também que nós assentamos os amados Pais e Mães Orixás, o que faz com que tenhamos um contato íntimo e direto com Eles, dispensando a figura de um sacerdote como “supremo pontífice”.
Tudo isso cria um lindo universo religiosos que tem atraído cada vez mais jovens para dentro dele, jovens e Umbanda que, se esclarecidos e conhecedores dos fundamentos de sua religião, tornar-se-ão melhores pessoas e levarão a Umbanda com orgulho, amor e honra.
Jovens e Umbanda, juntos, vamos estudar e praticar cada vez mais.
Tenhamos orgulho de dizer “que somos umbandistas!” Saibamos explicar e desmistificar nossa religião.
Busquemos o desenvolvimento íntimo, as posturas sadias e criativas. Nunca foi tão fácil estudar espiritualidade, nunca houve tanta abertura de conhecimento dentro da religião de Umbanda. Pensemos em todos os antigos sacerdotes que com fé, honra e amor levaram a Umbanda para frente, sempre trilhando um caminho de luz, mesmo com muito pouca informação, com perseguições e muitas dificuldades.
Agora é a nossa vez, a espiritualidade está dando todas as oportunidades, tudo para que a Umbanda cresça e vença o preconceito, a intolerância e os abusos cometidos contra ou em nome Dela.
E tenho certeza que nisso o jovem tem muito a contribuir, sendo tanto “hoje” como “amanhã” um umbandista sério e esclarecido. E não estou falando apenas dos jovens de “idade física”, mas sim, dos que mantêm suas mentes e corações sempre jovens, buscando crescer e aprender sempre, unidos pelo ideal da Umbanda.