Carlos Saldanha, de “A Era do Gelo’, vai dirigir filme sobre Iemanjá
Filme sobre Iemanjá? É desenho? É animação? Nada disso.
‘Iemanjá – Deusa do oceano’ faz parte de projeto de filmes do cineasta que ‘transportam deuses do Candomblé ao universo dos super-heróis’ em parceria com a Warner. Camila Pitanga será a produtora executiva.
Carlos Saldanha é considerado um dos mais competentes e premiados diretores brasileiros quando o assunto é animação. Esteve à frente das franquias “Rio” e “A Era do Gelo” e de sucessos como “Touro Ferdinando”. Agora embarca em novos projetos na carreira começando pelo filme “Iemanjá – Deusa do Oceano”.
O longa-metragem, anunciado justamente no dia 2 de fevereiro pela Warner e pelo estúdio brasileiro Ventre, vai “transportar os deuses do Candomblé [e da Umbanda] para o universo dos super-heróis”
A assessoria da Warner informou ao portal G1 que o projeto do filme sobre Iemanjá é de um longa-metragem com atores reais, e não de animação como os trabalhos mais conhecidos do diretor.
Segundo a revista “Variety”, Carlos Saldanha fechou uma grande parceria com a Warner e o Ventre Studio para fazer uma série de filmes sobre os Orixás. E este primeiro será o filme sobre Iemanjá, que começará a ser filmado em 2023.
O longa “conta a história da Orixá adorada pelos brasileiros e também conhecida como a Rainha do Mar. Com Ogum, o Deus da Guerra, como mentor, Iemanjá tenta entender seus poderes ao enfrentar Iansã, Orixá cultuada como Deusa das Tempestades”, diz o comunicado da Warner.
Carlos Saldanha afirmou:
“A Iemanjá é um símbolo para todo o Brasil, independentemente da religião ou crença de cada um. Nós acreditamos no poder dessa figura, parte da nossa herança ancestral, que tem tudo para cativar o público ao redor do globo da mesma forma que os deuses gregos, romanos, persas ou escandinavos, que já fazem parte do nosso imaginário”.
Camila Pitanga está motivada com o filme sobre Iemanjá
“Para mim, é uma alegria infinita falar de um projeto que envolve pessoas que eu adoro e estou adorando trocar. Evocar uma das figuras mais queridas da nossa ancestralidade, uma divindade que, tenho certeza, vai abençoar esse projeto e vai fazer com que ele alcance uma voz que possa chegar em todos os cantos do mundo e falar com os jovens do mundo. Uma alegria, uma responsabilidade e uma vibração muito bonita”, diz Camila Pitanga no comunicado oficial.
Intolerância e afirmação
Ao mesmo tempo em que os últimos anos viram explodir o número de casos de intolerância religiosa contra as religiões tidas de “matriz africana”, cresce também o interesse a visibilidade sobre essas religiões. E este projeto é um exemplo disso.
Impensável há cerca de uma década, o filme sobre Iemanjá que será dirigido por Carlos Saldanha poderá ser um grande impulso para o diálogo público sobre a valorização da cultura de origem negra no Brasil, incluso religiões como a Umbanda e Candomblé.
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