Ser Pombagira é ser mulher

Ser Pombagira é ser mulher.

Ser Pombagira é viver mil vezes em apenas uma vida, é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora, é estar antes do ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.

Ser Pombagira é caminhar na dúvida cheia de certezas, é correr atrás das nuvens num dia de sol e alcançar o sol num dia de chuva.

É chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza, é cancelar sonhos em prol de terceiros, é acreditar quando ninguém mais acredita, é esperar quando ninguém mais espera.

Ser Pombagira é não ter vergonha de chorar por amor, é saber a hora certa do fim, é esperar sempre por um recomeço. É ter a arrogância de viver apesar dos dissabores, das desilusões, das traições e das decepções.

É ser mãe dos seus filhos e dos filhos dos outros e amá-los igualmente.

Ser Pombagira é ter confiança no amanhã e aceitação pelo ontem, é desbravar caminhos difíceis em instantes inoportunos e fincar a bandeira da conquista.

É entender as fases da lua por ter suas própria fases. É ser “nova” quando o coração está a espera do amor, ser “crescente” quando o coração está se enchendo de amor, ser “cheia” quando ele já está transbordando de tanto amor e “minguante” quando esse amor vai embora.

Ser Pombagira é hospedar dentro de si o sentimento de perdão, é voltar no tempo todos os dias e viver por poucos instantes coisas que nunca ficaram esquecidas.

É cicatrizar feridas de outros e inúmeras vezes deixar as suas próprias feridas sangrando.

Ser Pombagira é ser princesa aos 20, rainha aos 30, imperatriz aos 40 e especial a vida toda.

É chorar calada as dores do mundo e em apenas um segundo já estar sorrindo. É subir degraus, mas se cair…é se ajeitar, respirar fundo, levantar a cabeça…e seguir seu caminho.

Ser Pombagira é ser mulher!

Laroyê Lebara! ♆♆

Este texto publicado originalmente pela página Umbanda Magia (@umbandamagia) e compartilhado por Raphael PH Alves.

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