Quaresma e Umbanda: há uma relação deste ritual com a nossa religião?
Quaresma e Umbanda. Começando: a Quaresma faz parte da liturgia católica.
A importância que se dá à Quaresma e Umbanda em certo Templo está relacionada com a origem mais ou menos católica do dirigente.
Os Guias acabam respeitando o quanto tal dirigente é “católico umbandista” ou “umbandista católico”. E então tomam providências ritualísticas de acordo com o que faz este dirigente se sentir seguro ou confortável diante de suas crenças, paradigmas e limitações doutrinárias.
Se sua Casa/Templo já tem as firmezas de Direita e Esquerda bem estabelecidas ou assentadas, não vejo necessidade para mais nada a não ser que um Guia determine.
E se o médium já tem suas proteções e anjo da guarda firmados não há necessidade de mais nada. A não ser que ele sinta que precisa.
Agora, quando o dirigente não consulta seus Guias e por algum motivo possui temor da Quaresma, dá para crer como normal para ele fazer muitos rituais ou se fechar.
Se o médium não se abriu à percepção de sentir quando precisa ou não de uma proteção à mais, então é comum estar sempre tentando se proteger mais e mais.
E isso independente da necessidade real.
Neste caso, Quaresma e Umbanda podem andar juntas.
Em muitos anos e muitas vezes já expliquei e escrevi o que é Quaresma para o católico.
Hoje não vejo mais necessidade de explicar os fundamentos de outra religião.
Alguns Terreiros de Umbanda tradicionalmente fazem um ritual de “fechamento de corpo”. E isso independe da crença ou da Quaresma.
Participar de um ritual é algo sempre bom, interessante e estimulante do ponto de vista espiritual ou religioso.
Então, todo ritual deve ser respeitado, independente da motivação ou explicação de seu “fundamento”. Rituais vão além do que compreendemos e nem sempre é possível saber porque estamos ali. Apenas constatamos se trouxe um benefício ou não.
Sobre o Carnaval espero mesmo que todos cantem, dancem, extravasem, viajem, passeiem, namorem, beijem bastante ou se recolham num retiro.
Faça o que quiser só não seja o chato que quer recriminar os outros com discursinho moralista.
E pense sempre que no fundo de um discurso moralista sempre tem alguém que gostaria de fazer o que o outro faz, mas não tem coragem, então se veste de “estraga prazeres” para tentar convencer a si mesmo que sua escolha de “não ter prazeres” é a melhor escolha, mesmo que viva de amargura e reclamações, se “conforta” com a infeliz esperança de ser feliz na Aruanda.
O ponto nunca é o comportamento ou a atitude: é sim a motivação correta (feliz) ou incorreta (infeliz).
Apenas não se esqueça que Aruanda é lugar de gente que já é feliz e bem resolvida com suas escolhas.
Faça o que quiser, consulte apenas seu coração e sua consciência, busque sua verdade. Faça o que quiser, só não seja “o chato”.
Viva e deixe viver!
“Deus deu a vida para cada um cuidar da sua”, diz o ditado popular.
Quaresma e Umbanda tem ou não tem relação. Depende de cada um, de cada Casa.
Então NÃO JULGUE, não aponte, não critique, que é o melhor que você pode fazer por si mesmo e pelo outro!