Percepção da religião muda com uso frequente da internet, diz estudo
Percepção da religião está sendo alterada com o avanço da tecnologia, sobretudo pela internet.
Esta parece ser uma afirmação lógica.
Quem usa a internet com maior frequência está mais propenso a ser influenciado por uma série de ideias com as quais, de outras maneiras, não teria contato.
Um estudo do departamento de Sociologia da Universidade de Baylor, nos EUA, indica que isso também é válido para a percepção religiosa.
Em outras palavras, a conclusão é que as pessoas absorvem cada vez mais ideias de outras religiões.
Os sociólogos que conduziram a pesquisa acreditam que, com isso, acabamos “ajustando” nossa percepção religiosa a longo prazo.
O autor do estudo, Paul K. McClure, explica:
“Uma das muitas descobertas desse estudo é que o aumento no uso da internet se correlaciona com uma potencial perda da filiação religiosa.
Também notamos que as pessoas que passam muito tempo online são menos propensas a pensar que existe apenas uma religião correta”.
Ainda segundo ele, “a internet encoraja um certo tipo de pensamento, que faz os indivíduos sentirem que não estão mais presos a instituições ou dogmas religiosos […]
Hoje em dia, em parte porque muitos de nós passamos tanto tempo online, é mais provável que nos vejamos como ‘agentes livres’.
Ou seja: podemos avaliar uma pluralidade de ideias religiosas – até mesmo de religiões diferentes e conflitantes – antes de decidirmos como queremos viver”.
O estudo da Baylor comparou os resultados com um estudo similar de 2010.
Naquele, mostrou-se que o hábito de ver televisão reduzia a participação das pessoas em atividades religiosas.
“Tanto a TV quanto a internet demandam tempo, e quanto mais tempo passamos usando essas tecnologias, menos tempo temos para participar de atividades religiosas ou de comunidades mais tradicionais”, disse McClure.
O levantamento analisou vários aspectos da vida dos participantes, visando a percepção da religião.
Questões sobre sua frequência a atividades religiosas e sua visão sobre os ensinos de sua religião preferencial, contrastando quantas horas por dia cada um passa online ou assistindo TV.
NOSSA VISÃO
Alexandre Negrini Turina, um dos fundadores dos canais Umbanda Eu Curto não vê o cenário com maus olhos:
“Isso já era esperado. Em perspectiva, esta é uma das razões de ser do Umbanda Eu Curto”, disse Alexandre, que também é sociólogo.
E complementa:
“A percepção da religião mudou, muda e continuará mudando. Não há volta. E isso não é ruim!”
Na sua visão, é impossível impedir ou cercear as pessoas de tomarem contato com outras crenças.
“Ao oferecermos conteúdos de qualidade aos umbandistas, a chance de se aproximarem da religião aumenta.
A experiência vai além de ir ao Terreiro uma vez por semana. Você passa a vivenciar mais a Umbanda“, finaliza.
Fonte original: Daily Mail