Medicina indígena: Centro é inaugurado em Manaus
Medicina indígena é um tema caro à Umbanda.
Afinal, sua influência é facilmente notada no arquétipo dos Caboclos e também na ritualística como um todo (banhos, defumações, etc.)
Assim, oferecer os conhecimentos do Bahsese, palavra que, na língua tukano, significa “benzimento”, a indígenas e não-indígenas é um dos objetivos.
Sobretudo para os que enfrentam problemas de saúde na região de Manaus, capital do Estado do Amazonas.
Portanto, esse é o objetivo do Barserikowi’i, o primeiro Centro de Medicina Indígena da Amazônia, inaugurado no início de 2019.
Idealizado por João Paulo Barreto, doutorando em Antropologia pela Universidade Federal do Amazonas e membro da etnia tukano, o Centro será comandado inicialmente por Manoel Lima, da etnia tuyuka, e Ovídio Barreto, também da etnia Tukano.
A saber, os dois são Kumuã com décadas de experiência.
Com efeito, os Kumuã são especialistas indígenas do Alto Rio Negro.
Desde o nascimento recebem o poder de cura e de tratamento e passam por rigorosa formação da infância até a juventude.
Segundo João Paulo, a ideia não é que os doentes abandonem os possíveis tratamentos alopatas da medicina ocidental.
Mas sim que tenham a possibilidade de alternativa.
Conforme ele falou à Agência Brasil, o tratamento é apoiado no Bahsese e nas plantas medicinais.
“O modelo é acionado dentro de um elemento, que pode ser água, tabaco, cigarro ou urtiga, no qual o Kumu, ou benzedor, aciona os princípios curativos contidos nos vegetais.
Quando ele faz isso, ele não está rezando.
Mas está evocando esses princípios para curar doenças.
Por isso, ele tem que dominar o conhecimento de animais e vegetais”, explicou.
Por fim, cada consulta no Centro será feita mediante cobrança de 10 reais.
Bem como o valor do tratamento dependerá do diagnóstico.
Eles podem levar dias, semanas ou até um ano.
Além dos atendimentos médicos, o Centro também será usado para a realização de cursos e oficinais, que vão da gastronomia à astrologia, além da venda de peças de artesanato de várias etnias.
Na visão do Umbanda Eu Curto, a medicina indígena tem muito a ensinar a todos.
É uma questão de soma, nunca de divisão.
[creditos nome=”Alberto César Araújo/Amazônia Real”]
[creditos titulo=”Fonte” nome=”Agência Brasil” url=”http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-06/primeiro-centro-de-medicina-indigena-da-amazonia-e-inaugurado-em”]
[creditos titulo=”Fonte” nome=”Hipeness” url=”https://www.hypeness.com.br/2017/06/primeiro-centro-de-medicina-indigena-e-inaugurado-em-manaus/?fbclid=IwAR1AaTS5qBRZcIvWvCw_OLPdiqpCFiN_M4deWl1Q5WIf3Qd_E6NcPJGFmc0″]