Mais amor e menos preconceito: um relato pessoal emocionante
Mais amor e menos preconceito? Eu cresci e sempre frequentei a igreja católica. Fui batizada sim. Cantava, tocava bateria e até lia os salmos quando era preciso. Fiz primeira comunhão, recebi Jesus Cristo em eucaristia e fiz até mesmo curso de Antropologia!
Então conheci um centro espírita (na verdade, era Candomblé). Tinha aproximadamente 14 anos e daquele dia em diante eu ficava curiosa por tudo. Mas tinha medo.
Não tinha conhecimento e também não tinha ninguém que me explicasse mais sobre o assunto. Então decidi largar isso, achei que era besteira, mas na primeira vez que pisei em uma casa espírita (na verdade era Umbanda) passei a conhecer pessoas “somente” da Gira!
Parecia até perseguição, mas não era. Isso era reflexo do fato de eu ter a mente fechada para esse mundo.
Além disso, o preconceito é absurdo! Você o enfrenta lá fora e até mesmo dentro da sua casa, por pessoas que viram você crescer e dizem que te amam. Afinal, mais amor e menos preconceito!
Quem te ama mesmo fica do seu lado independentemente da religião, orientação sexual, que seja! Mas isso infelizmente nem sempre acontece!
Hoje os centros espíritas são mal falados por pessoas de má índole que acabam destruindo a imagem deles. Sempre dizem que centros espíritas são ‘coisa do demônio’!
Demônio, na pior acepção da palavra, é o que há dentro de muitas ‘igrejas’… São pastores roubando fiéis e se aproveitando da ingenuidade; padres estuprando crianças; o fiel que rouba todo fim de semana e vem pedir proteção e se ajoelhar para mais um roubo dar certo; o assassino que se diz temente a Deus, mas continua matando.
Então, uma pessoa que faz caridade, veste branco, coloca suas guias e adentra uma casa santa, essa sim é taxada como demônio (isso quando não querem que seja exorcizada!) Quanta besteira, não é? Infelizmente é verdade.
Repito: Mais amor e menos preconceito!
Eu frequento a Umbanda e isso não quer dizer que eu não tenho Deus no coração. Eu tenho sim!
E O tenho mais do que essas pessoas que se dizem apóstolos ou filhos de fé, que pregam todos os dias a palavra do “Senhor”, mas vivem julgando e criticando seus irmãos!
Estou cansada e intolerância religiosa! C-A-N-S-A-D-A!
Na Umbanda não pedimos dinheiro: apenas ajudamos quem realmente precisa (embora nem todas as Casas façam isso).
Na famosa festa dos Erês, oferecemos bolos e doces a qualquer criança que venha até nós, saquinhos de bala e tudo isso com muito amor.
E quando vamos às festas das igrejas católicas e evangélicas? Quantas não são cobradas? (resposta: todas são cobradas)
E tem mais: já presenciei os dois lados, já frequentei ambos, já ouvi ambas as palavras e, por incrível que pareça, fui mais bem recebida em centro espírita (e sem dar 1 centavo)!
As pessoas julgam muito sem conhecer.
Minhas irmãs, até minha mãe que eu pensava me amar de qualquer forma, praticamente viraram as costas para mim somente por conta de religião. E o caráter?
E a menina que conhecem há 20 anos? É como se dissessem: ‘Desculpa, mas se quer ser macumbeira não vai ser aceita dentro de casa’…
Ninguém é perfeito. Muitos dizem amar tanto a Deus, mas se esquecem que deveriam começar a fazer isso amando o próximo. E isso não fazem!
Assim, Deus nos deixou o livre-arbítrio. E novamente pergunto: quem são vocês para julgar religião, orientação sexual ou raça?
NINGUÉM É MELHOR DO QUE NINGUÉM. NEGRO OU BRANCO, HÉTERO OU HOMOSSEXUAL, ESPÍRITA OU ATEU, NÃO IMPORTA!
IMPORTA A FÉ QUE VOCE TEM.
IMPORTA QUEM VOCE É.
IMPORTA O QUE VOCE FAZ.
IMPORTA O QUE VOCE SEMEIA.
IMPORTA O TAMANHO DO CORAÇÃO QUE VOCE TEM!
Sou médium rodante há mais de um ano e tenho muito o que aprender e desenvolver ainda. Não me envergonho de fazer a caridade, independentemente da minha religião.
Vamos parar de julgar e conhecer; vamos abrir os horizontes. Só podemos opinar quando realmente conhecemos algo.
CARREGO MINHAS GUIAS NO PEITO SIM, VISTO BRANCO SIM! TENHO FÉ E ACREDITO SIM!
Nunca precisei de ‘macumba’ para aumentar ou diminuir ninguém! Tudo que tenho foi de muito esforço e muito suor!
Só se levanta para ensinar quem se sentou para aprender! Portanto, digo e repito: mais amor e menos preconceito!