Funções de um congá na ritualística de Umbanda
Congá na Umbanda vai além do significado de um altar católico, por exemplo.
Sua representatividade e importância extrapolam a função decorativa e tradicional das Casas. Veja suas funções:
ATRATOR
Atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas.
Quanto mais as imagens e elementos dispostos forem harmoniosos com o Orixá regente do Pai/Mãe do Terreiro, mais é intensa essa atração.
Congá com excesso de objetos dispersa suas forças.
CONDENSADOR
Condensa as ondas mentais que se ‘amontoam’ ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas, etc.
ESCOADOR
Se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativos, ao chegar em frente ao congá elas serão descarregadas para a terra.
Estes pensamentos passarão por ele (congá) em potente influxo, como se ele fosse um para-raios.
EXPANSOR
Expande as ondas mentais positivas dos presentes.
Associadas aos pensamntos dos Guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.
TRANSFORMADOR
Funciona como uma verdadeira usina de reciclagem do lixo astral, devolvendo-o para a terra.
ALIMENTADOR
É o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.
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Todo o trabalho na Umbanda gira em torno do congá.
A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes).
Nada adianta um congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada.
É como tocar um violão com as cordas arrebentadas.
Caridade sem disciplina é perda de tempo.
Por isso, para a manutenção da força e do axé de um congá, devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos nós juntos!
Trecho do livro “Umbanda Pé no Chão”, de Norberto Peixoto
Foto: Lívia Mariáh Fotografia e Tupã Óca Caboclo 7 Pedreiras