Exus de Lei da sagrada Umbanda
Exus de Lei divina podem ser ativados para fazer o mal?
Com o passar do tempo, dentro da sagrada Umbanda, ouvimos muito que Exus são espíritos “neutros” e que seus médiuns os ativam através de ritualísticas para que atuem perante determinados propósitos. Com relação à ativação energética, isso é um fato.
Porém, há um mau entendimento dentro da sagrada Umbanda, onde alguns afirmam que Exus não são bons nem maus, e sim “neutros”. Ou seja, se o médium for ativar essa força, tanto para bem quando pro mal, esse “Exu” vai atuar sem medir consequências de seus atos.
Em outras palavras, o que se dá a entender neste raciocínio é que os “Exus” são “pau-mandado de médiuns” e que não têm escolha, agindo de acordo com a intenção do indivíduo que os ativam.
Este pensamento é muito contraditório perante a religiosidade umbandista, que preza fielmente pela prática da caridade, ordem e lei divina. Para nós, praticantes da sagrada Umbanda, em sua base primordial respeitamos a opinião de todos e damo-nos o direito de defende-las perante sua teologia.
Porém discordamos completamente dessas afirmações que colocam Exus como seres neutros em todas faixas vibratórias. E nossas discordâncias vêm de acordo com dois fatores iniciais:
1° – Partindo do princípio de que todo espírito possui uma consciência própria, ainda mais se tratando de Exus de Lei divina, entidades que dominaram a consciência plena do sexto plano da criação divina, acreditamos que dizer que eles não têm noção do que é bom ou ruim para os seres encarnados é, no mínimo, controverso e contraditório, até porque Exu é a entidade mais próxima dos humanos e conhece tudo o que se passa e o que sentimos no nosso íntimo.
2° O fato de médiuns vibrarem no negativo com o propósito de “ativar” os Exus para atuarem em magias negativas, podemos afirmar com toda certeza que nesse processo não existem Exus de Lei divina.
Exu pode até permitir que um filho um filha faça algo negativo a alguém, pois isso está na lei do livre arbítrio, porém o espírito que atuará em tal trabalho negativo, sendo energizado com vibrações baixas e com a energia oferendada, transmutada para tal espirito, com toda certeza jamais será Exu ou Exus de Lei. Serão, isso sem dúvida, outros espíritos se passando por eles. Há casos também em que a própria vibração negativa do médium pode obsediar o alvo sem a interferência externa de outro espirito; nesse caso, o próprio médium é o obsessor.
O fato de “ativar” Exu não significa que o espírito do Exu esteja apagado, dormindo ou desligado, esteja em que dimensão espiritual estiver, mas sim que essa ativação é apenas para benefício do médium, para seu propósito, de acordo com a necessidade do trabalho no nosso plano material. E isso será apenas para o Bem.
Exus de Lei e Exus sabe distinguir o bem e o mal dos humanos?
Exus são os Guias de Lei mais próximos da nossa realidade dentro do sexto plano divino da criação. São espíritos outorgados para percorrerem diversas faixas vibratórias.
São seres de extrema lucidez consciencial divina. Não são escravos de Guias da direita! Exus não são presos às baixas camadas das esferas negativas, apesar de atuarem nesses campos, e não significa que vivem constantemente nessas dimensões.
Ressalto que estou falando dos verdadeiros Exus de Lei, então podemos afirmar com toda certeza que os Exus sabem muito bem distinguir o bem do mal; sabem quando seus médiuns estão tomando caminhos fora da Lei Maior.
O desafio para o médium é aceitar a verdade perante a espiritualidade divina, verdades essas de que seu os Exus de Lei jamais aceitarão atuar em trabalhos negativos oriundos de seus médiuns.
A luz dos Exus de Lei divina
Através da clarividência, muitos médiuns comprovaram que os grandes mestres Exus de Lei divina não possuem aparências horrendas como de antigas imagens demonizadas de Exus. Eles sempre foram mal compreendidos pela humanidade e temos que mudar drasticamente os pensamentos primitivos a respeito de Exus de Lei.
Os Exus atuantes da sagrada Umbanda são espíritos extremamente evoluídos e repletos de Luz e, quando descem nas camadas densas das trevas com algum propósito de uma ordem maior, eles adentram em um arquétipo sombrio, uma roupagem sombria e ocultadora de seus verdadeiros mistérios.
Sua energia entra em um estado de compactação, como se pegasse uma estrela extremamente iluminada e compactasse dentro de recipiente pequeno, no caso, a roupagem de Exu.
Exu só faz o Bem!