Diferenças entre Omulu e Obaluayê
Diferenças entre Omulu e Obaluayê podem ser sutis e, para algumas vertentes de Umbanda, até inexistentes.
Em Terreiros mais tradicionais, ambos são aglutinados em apenas um Orixá. Há casos em que um dos dois é aceito ou até ambos, sendo uma espécie de Orixá dual.
Há também Terreiros que consideram que ambos derivam do Orixá Xapanã, de onde Omulu seria o Orixá mais velho e Obaluayê o mais jovem.
Dentro dos estudos teológicos desenvolvidos por Rubens Saraceni, as diferenças entre Omulu e Obaluayê se dão por conta das vibrações energéticas.
Enquanto Omulu está assentado no polo negativo (absorvedor) no Trono Divino da Geração, Iemanja está no polo positivo (irradiador) do mesmo Trono, irradiando a todo momento esta qualidade divina.
E, de outra parte, Obaluayê está assentado no polo positivo (irradiador) no Trono Divino da Evolução, enquanto Nanã está no polo negativo (absorvedor) do mesmo Trono, decantando e depurando em nós os desequilíbrios em prol da nossa evolução.
Aqui um parêntese.
O Trono da Evolução é um dos sete Tronos Essenciais que formam a Coroa Divina Regente do nosso planeta, de acordo com a Teologia de Umbanda Sagrada. Em breve trataremos deste tema com mais profundidade.
O nome Obaluayê significa: “o Rei e Senhor da Terra” (Oba=Rei; Lu= Senhor; Ayê= Terra).
Obaluayê é o Rei e Senhor do elemento terra, da matéria ou do mundo material. É conhecido como o Rei das Almas do Ayê, o Senhor das Almas.
Enquanto Omulu estanca, estabiliza, paralisa energias, Obaluayê é expansivo, irradiador, transmutador.
A morte física, comumente ligada a Omulu é um bom exemplo.
No momento seguinte à morte física, Omulu é o responsável por encaminhar esta energia vital ao plano espiritual. E é aí que Obaluayê também age, dando sustentação aos seres para que transmutem e evoluam.
Das diferenças entre Omulu e Obaluayê estas são algumas das principais.
Mas ainda há muito o que aprendermos e desvendarmos!