Curiosidade e conhecimento na Umbanda: quem vem primeiro?
Conhecimento na Umbanda vai além curiosidade, mas pode ter início a partir dela. A questão primordial é a seguinte: se você é médium iniciante na Umbanda, em primeiro lugar estude a Umbanda.
Vá atrás de conhecimentos relacionados à sua religião, seja num curso de Teologia de Umbanda, seja através de artigos ou textos, seja através de livros, seja através de um grupo de estudos, seja da maneira que melhor lhe convir.
Antes de tentar ou querer conhecer outros cultos e outras religiões, sejam de origem afro ou não, estude a ritualística que o templo ao qual você pertence segue e prega, pois mesmo dentro da própria Umbanda, existem inúmeras ramificações e divergências de opiniões que variam de casa para casa.
E isso, por si só, já faz com que a missão seja um tanto quanto complexa para o médium iniciante. Muitos acabam procurando conhecimentos que fogem aos fundamentos da própria Casa.
Sendo assim, deve haver uma base bem solidificada de conhecimento na Umbanda dentro daquilo que está sendo praticado. Só depois, quando já estiver bem firme com as convicções pregadas pelo seu dirigente dentro de seu templo, você deve procurar outros estudos.
E eles poderão ser dentro das mais variadas vertentes da própria Umbanda e também da espiritualidade de uma forma geral (incluindo outras religiões).
Existe uma curiosidade muito grande do médium iniciante em saber “coisas” do Candomblé, por exemplo. Mas há de se compreender que se tratam de religiões distintas e totalmente diferentes.
São diferentes em questão de rituais e fundamentos (o que muitas vezes é mal interpretado tanto por um lado quanto por outro).
E mesmo que as duas religiões tenham fundamentos baseados e agregados em conceitos de cultos africanos, não são e jamais serão a mesma coisa.
[Há até mesmo uma espécie de consenso entre os umbandistas de que a Umbanda, por suas características principais, poderia “se parecer” mais até com o Espiritismo Kardecista do que propriamente com o Candomblé. Não, não é uma heresia, mas é um assunto para um outro texto.]
Se você não é umbandista, mas sim apenas um simpatizante, então a situação é diferente.
Aí, você se torna um espiritualista, que não segue nenhuma religião específica, porém filtra valores provindos de várias religiões e cultos. E é através disso que pratica a sua fé da sua maneira (e isso sem nenhuma base solidificada de amparo de uma casa espiritual).
Então um conselho: escolha uma religião que toque de verdade no seu coração e siga. Mas como eu disse anteriormente, se aprofunde somente naquilo que foi escolhido, para depois abrir a mente para a espiritualidade como um todo.
E seja qual for a religião que você escolher, tenha a certeza que:
Será a sua fé que valerá mais do que tudo dentro daquilo que você vai tomar como verdade para si.

E lembre-se: respeite sempre a fé alheia. Pois como sempre digo: na espiritualidade, seja ela qual for, não existe verdade absoluta.
O que existe é a crença de cada um dentro daquilo que estudou, praticou e crê.
Conhecimento é fundamental (e conhecimento na Umbanda ainda mais!)
Reflitam sobre isso!