Crimes de ódio, de acordo com os dados do Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos (Ceplir), são contra Umbanda e Candomblé em 90% dos casos.

Das 52 denúncias de intolerância religiosa ao Ceplir, 34 foram de religiões de matriz africana no Estado do Rio.

Crimes de ódio contra Umbanda e Candomblé no RJ representam 90% do total 2

Em cinco anos, as denúncias de discriminação por motivo religioso no Brasil cresceram 4960%.

Foram de 15, em 2011, para 759, em 2016, de acordo com os dados do Disque 100.

Em 2016, 69 eram candomblecistas, 74 eram umbandistas e 33 são descritas como “religião de matriz africana”, totalizando 23,19%.

Em agosto e setembro deste ano, uma nova onda de ataques a Terreiros na Baixada Fluminense comprovou os números.

E comprovou também que os crimes de ódio por motivo religioso estão crescendo no RJ.

Coincidência ou não, é a primeira vez que os cariocas têm um bispo evangélico governando sua capital – Marcelo Crivella (PRB).

Em resposta à violência, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos lançou o Disque Combate ao Preconceito.

Nos meses de agosto e outubro foram feitas 43 denúncias:

  • Uma de um espírita kardecista
  • Uma de um evangélico
  • Duas de islâmicos
  • E 39 de umbandistas e candomblecistas.

    Isso representa 90% do total das acusações de crimes de ódio.

Foram seis tipos de violações identificadas, entre eles invasão/atentado a instituições religiosas (11), discriminação/difamação (10), agressão física (6), incitação ao ódio (6), agressão verbal (6), ameaça (4).

A Secretaria de Direitos Humanos recebeu quatro denúncias de ataques a Terreiros realizados por traficantes de agosto a outubro.
Três delas de ocorrências na Baixada Fluminense – duas em Nova Iguaçu e uma em Itaguaí.

Segundo a secretaria, as quatro vítimas informaram que por ordem da facção criminosa é proibida a prática de religiões de matriz africana na área dominada pela facção.

Todas as pessoas que denunciam casos de intolerância religiosa e crimes de ódio são orientadas a fazer o registro na delegacia da região, mas algumas vítimas não o fazem por medo.

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Foto: UOL/Reprodução