Sacerdote ou Dirigente: como chamar os que estão à frente dos Terreiros?
Sacerdote ou Dirigente de Umbanda?
Toda pessoa que está à frente de um grupo ou comunidade espiritual é um “Dirigente Espiritual” seja este grupo Umbanda, Espírita ou Candomblé.
Mesmo que não tenha nenhum preparo, é dirigente por cargo e função.
Mesmo que não seja um líder, é dirigente.
Mesmo que não tenha consciência do todo de sua religião e não represente nada mais que seu próprio grupo, ainda assim é dirigente e responde apenas por seus próprios atos e sobre suas opiniões.
Todo dirigente é tecnicamente um “sacerdote” para seu grupo.
No entanto, muitas vezes não existe uma consciência Sacerdotal e muito menos uma responsabilidade Sacerdotal.
Afinal, sacerdote ou dirigente?
Todo sacerdote é um dirigente, mas nem todo dirigente é um sacerdote.
Ser Sacerdote é, acima de tudo, ser sacerdote de si mesmo.
É compreender que cada um de nós é um templo vivo.
Ser sacerdote é mais que conduzir um grupo ou templo e sim representar este grupo dentro de um contexto maior: o contexto de sua religião como um todo.
Um sacerdote tem esta consciência do todo!
Um sacerdote é alguém que representa a sua religião no mesmo nível das outras religiões e outros sacerdotes, todos eles preparados e muito bem preparados para tal.
Um sacerdote é acima de tudo alguém que se preparou para o Sacerdócio.
É um líder em sua comunidade e, acima de tudo, é alguém que gosta de gente e ama ardentemente o que faz diante do sagrado.
Um sacerdote de Umbanda é tudo isso e muito, muito mais.
No entanto, para entender a diferença entre dirigente e sacerdote creio que basta.
Ainda assim lembre-se: um sacerdote de Umbanda não é Padre, Bispo ou Rabino.
Também não é um Santo, Iluminado ou Avatar.
Um sacerdote de Umbanda é uma pessoa comum que se dedica à sua própria verdade.
É alguém que coloca seu coração no altar e vive, ama, dança, namora, casa, beija na boca e faz tudo o que sentir que deve.
E o faz diante de seu próprio coração e sua própria consciência.
Um sacerdote de Umbanda é um ser livre.
Sacerdote ou Dirigente, somos todos iguais.
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Foto: Jornada Sacerdotal – Turma de 2016-18